segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Entrevista – Velejador e Moço de Convés Luciano Zinn - BlogMercante - Navegar é preciso

Dei uma entrevista para o Blog Mercante, pois Navegar é preciso...Segue um pequeno trecho...
Luciano tem um próprio negócio ligado à embarcações à vela, tem muitas milhas navegadas em solitário, morou certo tempo fora do país, já fez entrega de embarcações até  em Portugal, e tem muitas histórias para contar. Nesta entrevista ele apenas narra alguns fatos.

domingo, 29 de julho de 2012

79 dias a bordo do Trimaram Avatar

Minha vida sempre foi movimentada graças a Deus! Viajar pelo mar nos últimos sete anos foi uma constante para mim. A última que vou relatar para vocês aconteceu a pouco mais de 04 meses , quando fui contratado para transportar um trimaram de 51 pés de Santo André na Bahia para Angra dos Reis no Estado do Rio de Janeiro. Dia 06 de março de 2012 deixamos a Ribeira Adventure Club aos cuidados do seu Antônio e pegamos um avião para Porto Seguro e daí para Santo André onde nos esperava o Trimaram Avatar. O barco estava ancorado por lá a uns 6 meses quando o seu proprietário o deixou por falta de tempo e condições para navegar. 
O barco ficou aos cuidados de um local mas por motivos que não vem ao caso no momento não o cuidou como devia e quando nós chegamos lá nos deparamos com o motor inundado e sem condições mínimas de uso. Alias o barco todo tinha agua para todos os lados. Seja por vazamentos no casco principal como pela entrada de agua da chuva . Os primeiros dias foram de muito trabalho para mim e minha companheira Concita que também foi contratada para esta empreitada. 

Com o motor sem funcionar já a bastante tempo as baterias morreram e as bombas também deixaram de funcionar. Tivemos que tirar a agua com apenas uma bomba volante e com balde mesmo. Como o mecânico nunca aparecia eu mesmo resolvi colocar a mão na graxa e desmontar o motor para ver se não estava com água salgada dentro. Por sorte depois de muito trabalho constatamos que não estava travado. Trocamos o motor de arranque e o alternador e viramos o motor que por muita sorte virou em 24 volts. Para não me alongar muito na história permanecemos em Santo André entre vários trabalhos e preparativos para zarpar nada mais do que um mês.  As 10 horas da manhã do dia 05 de Abril de 2012 zarpamos finalmente de Santo André para Porto Seguro a apenas 25 milhas de distância para fazer um teste de mar e ver se o Avatar não apresentava mais problemas. Deixei a pequena e apertada barra de Santo André com uma tensão que poucas vezes tive durante os mais de 14 anos em que velejo por conta dos problemas que o barco já havia apresentado no último mês. De carona com a gente veio um marinheiro de primeira viagem que por falta de experiência tomou todas na véspera da viagem e passou a travessia toda agarrado a um balde na popa do Avatar. O primeiro teste de mar foi satisfatório mas mesmo assim ainda permanecemos 05 dias em Porto Seguro providenciando o conserto do motor de popa do dingue e um vazamento de agua no sistema de escapamento. No dia 10 de abril zarpamos de Porto Seguro com destino a Abrolhos. Fizemos as 96 milhas em 26 horas sempre com motor e vela já que o barco estava sem capacidade de somente velejar pois havia sido arrancada o patilhão e a bolina esta emperrada. As vezes que perdemos o motor e permanecemos apenas a vela o barco não conseguia manter o rumo e derivava escandalosamente ao sabor dos ventos. Chegamos em Abrolhos com o alternador pifado e a bomba d´água do motor com um vazamento enorme. No outro dia sem opção de seguir rumo a Vitória decidimos arribar para Caravelas para poder reparar estes dois problemas. Chegamos em Caravelas as 23:38 hs bastante cansados depois de ter que cortar uma rede de pesca durante a noite na chegada . Vários pequenos pesqueiros espalham suas redes por toda a entrada do canal dificultando muito a navegação. No outro dia pela manhã quando seguíamos para o porto principal o motor começou a ferver por causa de um cachimbo de borracha do trocador de calor que havia rompido. Sem solução tivemos que ancorar . Permanecemos por 10 dias em Caravelas a espera de um novo alternador e tentando encontrar um cachimbo para o trocador de calor do motor. Depois de muito procurar conseguimos encontrar um similar em Salvador através de um amigo meu. Velejar no Brasil é sempre uma aventura porque encontrar peças de reposição nestas cidades costeiras é como encontrar uma agulha em um palheiro.

Passados 10 dias em Caravelas, conseguimos zarpar com tudo novamente consertado para Barra do Riacho , um porto 30 milhas antes de Vitória no Espírito Santo. Tínhamos uma previsão de uma frente fria, mas acreditava que poderíamos chegar ao porto antes dela chegar. Já na manhã da nossa saída de Caravelas , ainda dentro do canal o motor parou com sujeira no tanque. Ficamos a deriva   até o vento e a corrente nos jogar para fora do canal onde ancorei para solucionar o problema. Mas aquela travessia iria nos apresentar outras tantas surpresas negativas. Com o tanque sujo fomos obrigados a ter que  sangrar o motor por duras 4 vezes durante o trajeto, sendo que uma delas durante a noite. A cada nova morrida do motor tínhamos que desmontar o pescador, limpar e assoprar . Abrir a tampa do motor, desconectar a mangueira no filtro primário e assoprar até desentupir a mangueira. Depois re-conectar, bombear o diesel manualmente e só então fazer o motor pegar novamente. Sem dizer que cada vez que o motor parava tínhamos que ficar a deriva e após recolocar o barco no rumo e ajustar o piloto automático que ficava  acoplado a cana de leme em cima da cabine de popa. Quando amanheceu o dia eu e minha companheira estávamos exaustos mas o vento noroeste forte puxado pela frente fria que chegava nos fez andar bem.Chegamos a fazer  picos de 7.8 nós. A sete milhas , já enxergando a entrada do porto, o vento rondou para sudoeste mas conseguimos chegar a tranquilidade do porto depois de 32 horas e meia e média de 4,3 nós para as 140 milhas desde Caravelas. Dentro do porto os problemas não terminaram. Desta vez foi o guincho elétrico  que parou de funcionar me forçando a sacar na mão a " Danfort" de 20 quilos mais uns 20 metros de corrente de 10 mm. Ao final decidimos ficar a contra-bordo de uma draga que estava ancorada perto da gente. Com a frente fria não nos restou outra coisa que esperar por melhores condições para navegarmos até Vitória. No segundo dia dentro do porto de Barra do Riacho , o tempo deu uma tregua e com um vento sul fraco deixamos o porto para seguir até Vitória onde chegamos as 17:49 hs do dia 24 de Abril de 2012. Ancoramos em frente a entrada do Iate Clube de Vitória e fomos tomar um merecido banho já que no barco só tomávamos banho de balde ( as bombas pressurizadas do barco não funcionavam).
Ficamos 05 dias em Vitória tentando um estaleiro com capacidade de subir o Avatar com suas 30 toneladas e 8,5 metros de boca, mas ao final o único estaleiro que tinha essa capacidade não tinha vaga tão cedo. Tínhamos feito uma solda de emergência no eixo do leme em Santo André e pelas circustâncias em  que fizeram a solda não ficamos muito seguros de que aguentaria . Mas paciência com a impossibilidade de fazer um conserto melhor zarpamos de Vitória com destino a Marataízes , ainda no Espírito Santo. Lá tem um pequeno quebra mar que protege dos ventos do quadrante leste e nordeste. Queríamos encurtar um pouco a distância até Macaé e também dobrar o Cabo de Santo Tomé com uma condição de mar mais favorável já que o barco não tinha boas condições de navegação. Chegamos a Marataizes a noite mas sem incidentes, mas a ancoragem dentro do pequeno porto era super apertada para um trimaram de 51 pés como o Avatar e durante a noite o vento rondou para sudoeste nos trazendo grandes problemas. O barco mudou perigosamente de posição ficando muito próximo do quebra-mar e suas pedras enormes. Tivemos que as pressas sair dali puxando a ancora na mão para ancorar em outro lugar menos arriscado. No outro dia a outra frente fria chegou e com ela os problemas.
O pequeno porto não abrigava bem deste ventos do quadrante SW e S fazendo com que entrasse uma ondulação de fora. Para piorar tudo ficamos sem a possibilidade de nos movimentar por causa de um problema no motor de arranque que parou de funcionar. Não nos restou outra coisa que soltar mais amarra e rezar para o barco não garrar porque tínhamos pesqueiros por todos os lados. 

No terceiro dia com o mar crescendo ainda mais tivemos que dormir em uma pousada porque no barco era impossível devido o forte balanço .No dia 05 de maio de 2012, depois de 06 dias de fortes emoções e claro muito trabalho deixamos Marataizes rumo a Macaé no estado do Rio de Janeiro. Com uma boa previsão de tempo e um mar calmo dobramos o Cabo de Santo Tomé por dentro para encurtar caminho. Foi emocionante dobrar este temido cabo tão perto de terra e com profundidades baixas até mesmo para um multi-casco .
Na madrugada de 06 de maio de 2012 ancoramos o Avatar em meio aos rebocadores offshore depois de o motor mais uma vez parar com sujeira no tanque. No dia seguinte passamos a manhã e parte da tarde eliminando o tanque principal porque descobrimos uma rachadura nele. Improvisamos um outro tanque com uma bombona de 50 litros, abastecemos de diesel e nos preparamos para zarpar no outro dia. 
Durante a travessia Macaé- Rio de Janeiro enfrentamos um mar um  pouco maior e o piloto automático terminou quebrando. Lá fomos nós revezando na roda de leme até o final da travessia, Chegamos ao Rio de Janeiro depois de uma parada em Cabo Frio somente para dormir. Ancoramos na Urca e no outro dia fomos subir o Cristo Redentor a pé para agradecer e curtir a vista belíssima lá de cima.    No outro dia pela manhã zarpamos para fazer a última perna da travessia. Sem problemas desta vez ancoramos na pequena vila do Abraão na Ilha Grande já a noite para pernoitar e no outro dia pela manhã finalmente fizemos as ultimas milhas até a ilha Cunhambebe Mirim, antiga ilha Mandala em frente a Bracuhy , destino final do Avatar. Pelas 13 horas do dia 12 de  maio de 2012, depois de muitos infortúnios e desafios jogamos ferro em frente a Ilha para  finalmente terminar o delivery mais difícil da minha carreira.

                                                         

domingo, 12 de fevereiro de 2012

The Brazilian Ribeira : A New Venue for Cruising Yotties


The Brazilian Ribeira : A New Venue for Cruising Yotties

The Rio Paraiba, already a popular point of entry for visitors to Brazil, now boasts a new mooring facility intended expressly for low-budget yotties. Situated five miles from the river’s entrance and the port of Cabedelo, the Ribeira Adventure Club lies opposite the well-known cruising venue of Jacare. Whereas that one-time fishing village is now a busy place, popular with the Brazilian jet-set and notorious for its all-night music, Ribeira is nothing more than a collection of adobe cottages strung out along a rutted track. Hidden from Jacare by an island of mangroves, it is an idyllic spot. Parrots scream for the tree tops; monkeys cross the lane on a telephone cable tight-rope; and although there are no longer any alligators in the river, from time to time manatees are seen grazing in the shallows.
60km of forest and sugar-cane fields separate Ribeira from the nearest town - Joao Pessoa - but although the place is isolated it is not cut off. To get to the supermarkets and other amenities one simply hops aboard a “canoa” and crosses the river. From Jacare the city is just a 20 minute train ride.
Luciano Zinn, owner of the new mini-marina, claims that his fees are the lowest in all Brazil, and they are 40% lower than the charges in Jacare marina. Zinn is, himself, a cruising yotty and as such a member of a rare breed. (Brazilians don’t tend to cruise.) Having spent five years singlehanding in the Caribbean and Europe on a shoe-string he returned home with the aim of earning the money to set out again... and thus he is also looking for a business partner. If anyone fancies spending six months of each year in Ribeira and the other six cruising, Zinn would be glad to hear from them.

Text by Jill Dickin Schinas 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

70 dias fora da Ribeira - Parte II ( 2º Delivery )




Terminado o primeiro delivery peguei um avião no Rio de Janeiro e fui para Porto Alegre visitar familiares e amigos. Fazia mais de dois anos que não tinha oportunidade de ir ao sul e o proprietário do próximo barco a ser transportado também vivia ali. Ao chegar na capital dos Gaúchos descobri que a maioria dos meus familiares havia viajado a Florianópolis para passar a festas de final de ano. Três dias após viajei de Porto Alegre para lá já que o meu tempo era curto e tinha passagem para Boa Vista comprada justo no dia do Natal. A idéia era chegar a Trinidad and Tobago cruzando a Venezuela por terra desde Boa vista e chegar ao porto de Guíria onde tomaríamos um ferry para cruzar o Golfo de Pária até Chaguaramas, Trinidad onde estava o próximo veleiro a ser transportado. Passei o Natal com parte da família e voei de Florianópolis para São Paulo onde me encontrei o com proprietário do veleiro. Daí tomamos juntos um avião para Boa Vista. Chegamos as 03 hs da manhã em Boa Vista onde pudemos conhecer a ultima tripulante que também iria participar da travessia e tinha tomado um outro avião desde São Paulo . Com a tripulação completa tomamos um taxi até a cidade de Santa Elena de Uairen, na Venezuela. O motorista cumpriu os pouco mais de 200 km dormindo ao volante a mais 130 km/hora. Depois de muita tensão e uma parada para um café chegamos ao amanhecer a fronteira. Fizemos a emigração e seguimos até o centro da cidade onde tomamos um outro taxi até a cidade de Tumeremo onde pernoitamos em um hotel de quinta categoria. No outro dia cedo tomamos um terceiro taxi para seguir até Ciudad Guayana .Lá buscamos um outro taxi que nos levou diretamente a Guíria. Em total fizemos 1500 km cortando a Venezuela de Sul a Norte. Não precisa dizer que os taxis não tem taxímetro e muito menos alguma indicação de que sejam taxis. O preço é combinado com o proprietário um pouco antes da partida. Como a gasolina é super barata para eles compensa e para nós não saiu tão caro. O problema é o estilo de pilotar dos venezuelanos. No mínimo a 130 km/ hora em estradas mal sinalizadas e com a mata tomando conta do que foi um dia um acostamento. Depois do susto com o primeiro motorista, já combinava, também a velocidade máxima que nos gostaríamos de viajar. Depois de 4 dias de viagem pela Venezuela chegamos finalmente ao Porto de Guíria onde no outro dia a tarde cruzamos o Golfo de Paria rumo a Trinidad and Tobabo. Foram duas horas de travessia para cumprir pouco mais de 40 milhas náuticas. Desta iria ajudar um amigo a levar seu Trinidad 37 de volta ao Brasil. O barco esta aqui pelo Caribe desde 1995 onde seu ex-proprietário desfrutava de velejadas durante o seu tempo livre. Meu amigo já o comprou abandonado aqui na Peake, uma das marinas de Chaguaramas com idéia de reformá-lo . O tempo foi passando e desde que o conheci aqui em Trinidad em 2007 o barco segue em seco esperando pelas reformas que faltam. Desta vez viemos dispostos a colocá-lo na água , fazer uns testes e se tudo estiver a contento, seguir para o Brasil pela costa . Começamos a trabalhar no dia seguinte a nossa chegada e passados 10 dias de trabalho o barco finalmente foi batizado na água novamente depois de muito tempo em seco. Fizemos um teste com o motor que apresentou alguns vazamentos mas nada grave. Os dias seguintes foram sempre de trabalhos no barco, seguidos de testes de vela-estaiamento com uma velejada de algumas horas pelo Golfo de Paria. Depois de apresentar varios pequenos problemas o proprietário achou mais prudente adiar a velejada de volta ao Brasil e colocamos o barco no seco novamente para trocar o  estaiamento e esperar o póoximo ano para então voltar ao Brasil. Da minha parte mais uma missão cumprida e dois dias após retornei a Ribeira Adventure Club depois de mais de 70 dias fora.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Setenta dias fora da Ribeira e mais dois deliverys para meu currículo


Com a crise da Europa afetando a vida global, a Ribeira Adventure Club não ficou de fora. Especialmente nós que recebemos principalmente velejadores Europeus. A saída é buscar a vida em outros lados. Por conta disto fui fazer o que mais gosto: TRANSPORTAR EMBARCAÇÕES A VELA ( Delivery´s Boats ).


O primeiro foi um Samoa 29 de nomeTaranis que estava em Salvador-BA e foi vendido para Rio das Ostras-RJ. Deixei a Ribeira Adventure Club  em 11 de novembro de 2011 , um dia depois do meu aniversário com destino a Salvador-BA  deixando mais uma vez a Concita a frente dos trabalhos na Ribeira. O que era para ser um trabalho de 12 dias no máximo se prorrogou por longos 39 dias. O Taranis estava a muito tempo parado e por conta disto tinha vários problemas para serem sanados antes de se fazer ao mar. Passei os primeiros 10 dias no Saco da Ribeira em Salvador somente tentado colocar o barco em condições. No check-list que fiz no dia 11Nov11 constatei 30 itens que precisava ser sanados ou providenciados para poder zarpar. Este é um dos principais problemas desta profissão. 99% dos Veleiros não navegam ou navegam muito pouco, ficando abandonados em marinas se deteriorando ao sabor do tempo. A maioria destes também não estão preparados minimamente para fazer uma travessia oceânica mesmo que costeira. Outro problema muito comum, também, é que os proprietários normalmente não tem conhecimento e muito menos querem gastar suas economias em questões de segurança. Para eles, os seus barquinhos estão sempre aptos a singrar os mares e você passa por um despreparado e oportunista querendo lhes tirar dinheiro. Terminei zarpando de Salvador no domingo, dia 20Nov11 com mais 02 tripulantes pagos que consegui através da internet e um amigo do novo proprietário do barco. Ao ligar o motor consertado a pouco menos de dois dias a primeira surpresa: o motor não arranca. Depois de ligar ao mecânico e esperar mais de duas horas sem ele aparecer, resolvi meter a mão e ver o que estava acontecendo. Descobri que o problema inicial não tinha sido resolvido. Entrava agua salgada pela mufla para dentro do cilindro. Resolvi o problema de forma paliativa e seguimos rumo sul. Com 7 horas de travessia estávamos quase na altura de Morro de São Paulo.Já havia anoitecido e o vento se mantinha de sul. Depois de consultar a tripulação, democraticamente decidimos entrar em Morro de São Paulo para pernoitar. O motor mesmo funcionando vibrava muito e além disso com os seus escassos 10 HP não rendia quase nada no mar aberto me fazendo ficar preocupado. Muitos problemas enfrentados de toda ordem, depois de 39 dias e arribar em Camamu-BA, Ilhéus-BA, Abrolhos-BA, Caravelas-BA, Barra do Riacho-ES, Vitória-ES, Marataízes-ES e finalmente Rio das Ostras-RJ, finalmente entreguei o Taranis são e salvo ao seu novo proprietário.